segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Algumas reflexões...

O curso de Pedagogia à distância teve seu início a quatro anos atrás. Durante todo o percurso muito se viu e ouviu. Muito se dialogou e cresceu.
Cresci pessoal e profissionalmente, e toda este crescimento é evidenciado na prática que experimentei durante meu estágio e toda a coragem de mudar que tive.
Não se trata de um elogio, mas de uma reflexão acerca do quanto eu cresci e hoje sou melhor.
As reflexões que realizei neste espaço durante todo este semestre, trazem algumas evidências claras de todo a transformação a que me submeti.
Posso afirmar que meu trabalho de conclusão é “fruto” de um trabalho artesanal que professores e tutores compartilharam e desenvolveram conosco. Todas as relações que estabeleci entre as interdisciplinas estudadas ao longo do curso com meu TCC, mostram o quanto aprendi durante todo este tempo. Caso contrário, não teria o que refletir e lembrar.
Confesso que quando iniciei estas reflexões, parecia não ter aprendido nada, muito menos as disciplinas estarem ligadas ao meu TCC. Enganei-me.
O meu trabalho de conclusão é a mostra de tudo que aprendi, ou melhor, a expressão de que nada está pronto e nem um dia estará. Meu TCC não se encerra por aqui, muito menos minhas reflexões e minha capacidade de aprender, pois hoje encerro as reflexões deste curso, acreditando ser elas, o início de um novo caminho de reflexão e descobertas.
Sou uma pesquisadora, e para um pesquisador não existe conhecimento limitado... simplesmente não existe fim, é sempre começo...

domingo, 28 de novembro de 2010

Eixo 9...

O meu desafio para este semestre teve início no meu estágio, desde que passei a desenvolver e experimentar com meus alunos a metodologia pedagógica de Projetos de Aprendizagem.
Durante as experiências que realizei em sala de aula sempre tive como meta trabalhar com projetos, pois os considerava um meio de desafiar meus alunos. Entretanto, esta metodologia se limitava ao hábito de planejar atividades estruturando conteúdos pré-determinados dentro de um mesmo assunto, pensando ser esta a forma de transformar a educação.
Neste contexto, ao longo do tempo, era notável o cansaço dos alunos, e até mesmo o meu, diante de repetições do mesmo assunto, muitas vezes desvinculados dos interesses e necessidades que os alunos apresentavam.
Vivenciando uma nova experiência em sala de aula, cujo trabalho esteve embasado na metodologia de Projetos de Aprendizagem, percebi que os resultados superaram as expectativas, e embora alguns passos possam ser comparados à prática pedagógica de projetos já explorados por mim, percebia a singularidade que esta nova proposta apresentava.
Estas observações e reflexões é que permitiram construir meu trabalho de conclusão, através desta inquietação: Projeto: um conceito singular?
Meu objetivo é simplesmente mostrar que não pode haver comparações apenas de teorias, mas que a prática é que é capaz de evidenciar qualquer discurso acerca de um conceito, principalmente relacionado a educação.
Não podem existir “confusões” entre metodologias de trabalho, mesmo porque a prática de Projetos de Aprendizagem não é igual a outras concepções de projetos. Sua experiência e resultados são diferentes.
É preciso refletir sempre, comparar práticas, determinar novas formas de construção de conhecimento, pois a educação não é algo pronto, mas em construção.

domingo, 14 de novembro de 2010

Eixo 8...

Mais um semestre se aproximava. Agora o momento de observar na prática se tudo o que até então fora estudado, analisado, questionado realmente se adaptava ao contexto em que se inseria.
Surge no Eixo 8 a proposta de Estágio. A reta final do Pead. Uma oportunidade de inovação.
Mas o que era inovar?
No início da prática, a acomodação gritava e não dava espaço para que todos os conceitos e métodos estudados se tornassem prática.
A acomodação ocultava a inovação, e inovar era apenas uma discussão de professores estudantes, uma utopia.
Surgem as provocações e o desfio de desenvolver Projetos de Aprendizagens com crianças do 3° ano do Ensino Fundamental de uma escola sem computadores, muito menos acesso a Internet.
Seria possível?Foi.
A experiência mostrou que inovar não é apenas conversar, estudar, mas é desafiar-se e desafiar o outro ao novo. Não importa se a tentativa não der certo, importa tentar.
Para tanto Paulo Freire diz que mudar é difícil, mas é possível (1996, p.47).
E se assim não possa acreditar um professor, a ele o ato de educar não lhe pertence...

Referência:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. – (Coleção leitura).

quinta-feira, 4 de novembro de 2010


Eixo 7...

Durante esta semana, realizando uma atividade da disciplina eletiva de matemática, fui questionada quanto ao uso da calculadora nas salas de aula, se estas podem construir conhecimento.
Respondi que podem desde que não substituam o hábito de pensar, mas que seria um instrumento importante para aproximar os alunos de sua realidade.
Hoje visitando o Eixo 7, em especial a interdisciplina de “Linguagem e Educação”, faço algumas reflexões acerca do conceito de letramento, uma vez que este também é motivo de discussão acerca de como aproximar a escola e a realidade, por meio de atividades contextualizadas, respeitando os conhecimentos prévios de cada aluno.
Nos dias de hoje a leitura é uma experiência, pois lemos livros, jornais, placas, rótulos, mensagens, recados, cartazes e a calculadora, pois o código escrito faz parte da vivência de alfabetizados e analfabetos.
Analfabeto também lê o mundo, codifica o código escrito porque é um sujeito letrado, observa letras e números.
“Podemos definir hoje letramento como um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos”. (cf. Scribner e Cole, 1981).
Por isso falar de linguagem é amplo demais, pois não é preciso estar na escola para conhecer o código escrito e usar a calculadora, mas a escola sim, precisa estar sintonizada com toda esta experiência, que não é passado de uma criança, mas a sua própria realidade.

Referência:
KLEIMAN, 2006. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Eixo 6...

Visitando o eixo 6, reencontrei a interdisciplina “Desenvolvimento e aprendizagem sob o enfoque da psicologia II”, e nela encontrei algumas reflexões acerca do conceito “aprendizagem”.
Vivemos num mundo que sofre inúmeras alterações, estamos diante de uma realidade que precisa ser conhecida, para poder ser acertada ou até mesmo reestruturada.
Diante de nós há um mundo infinito para ser descoberto, conhecido e explorado. Muitas são as formas de conhecer e desde muito cedo vamos ampliando nossos saberes. Tudo o que pode ser explorado, ensinado por alguém ou descoberto por si próprio é ato que pode se tornar uma aprendizagem.
Ao desenvolver o meu TCC, analisando o conceito “projeto” percebi que para todas as metodologias o objetivo é que os alunos alcancem aprendizagem, propondo atividades escolares em que o aluno experimente por si próprios diferentes assuntos, por meio de experiências e contato direto com o objeto de aprendizagem.
Entretanto, segundo Piaget “uma escola ativa não é necessariamente uma escola de trabalhos manuais”. É possível sim, como afirma Piaget, que o conhecimento possa ser adquirido por meio da experimentação ou não. Às vezes é necessário um contato mais real, porém em muitas de nossas aprendizagens podemos ser sujeitos ativos simplesmente no ato de dialogar, concordar, e principalmente duvidar.
Diante das reflexões que fiz no meu trabalho de conclusão, a partir de experiências que vivenciei no meu estágio através da metodologia de Projetos de Aprendizagem, posso afirmar que a aprendizagem é processo contínuo de formulação e reformulação de hipóteses, num ato constante de duvidar, questionar, desafiar-se a conhecer sempre.

Referência:
MARQUES, Tânia B. I. Epistemologia Genética.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010


Eixo 5...

Visitando o Eixo 5, encontrei a interdisciplina “Psicologia da Vida Adulta”, e nela uma atividade que se chamava “Projeto Temático”.
Confesso que a atividade e o nome da disciplina que se apresentavam, não pareciam ter relação alguma. Entretanto, analisando a atividade hoje, é que pude perceber o quanto o curso apresentava uma proposta interdisciplinar.
O objetivo da atividade era desenvolver um projeto de pesquisa, e observar o quanto o trabalho colaborativo é essencial tanto para a prática pedagógica, quanto para as nossas aprendizagens.
Hoje, no desenvolvimento do meu TCC é que realmente começo a compreender melhor as coisas, entender alguns sentidos que não pareciam claros, mas que também nunca mais foram refletidos.
Desta forma, lembro-me de mais uma reflexão desta mesma interdisciplina, quando pensava sobre o que era ser adulto, uma tarefa difícil de ser definida.
Há uma sucessão constante dos estágios de desenvolvimento, como define Piaget, entretanto a idade cronológica não define um ser adulto, naturalmente pelas diferenças que constituem as pessoas. Cada um evolui nos estádios cognitivos, quando constrói a relação do conhecimento com o meio.
Acredito que atingi a idade adulta, não pela idade que tenho, mas pelas relações que hoje estabeleço com as pessoas e com o meio que estou inserida. Todo este meu desenvolvimento cognitivo é explicado pela vivência das diferentes etapas que “experimentei” e continuo experimentando.
É por isso que me definir como adulta é uma tarefa difícil, porque se permitir “ser criança” é lembrar que as fases da vida apenas estão começando...

Referência:
MARQUES, Tânia Beatriz Iwaszko. Aprendizagem na vida adulta.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eixo 4...

Visitando o Eixo 4, logo observei a interdisciplina de Matemática, esta que me possibilitou a organização de atividades que foram úteis para muitas aulas planejadas durante o estágio, sendo que hoje optei pela disciplina eletiva que ainda aborda conceitos desta área do conhecimento.
Entretanto a interdisciplina de Estudos Sociais, numa atividade cujo título era “Propostas pedagógicas e projetos de aprendizagem”, chamou a minha atenção e me fez relembrar a quanto tempo o curso vinha propondo a “pesquisa” em sala de aula, de forma que pudéssemos imaginar um novo ambiente escolar, ou ainda uma nova organização do currículo escolar relacionado inteiramente com a sociedade.
A escola é algo presente nas aprendizagens sociais das crianças. Os Estudos Sociais, como qualquer outra interdisciplina escolar, possui suas individualidades, seus objetivos. Ele possibilita entender que todos nós somos seres históricos, fazemos história, sofremos influências históricas e então podemos influenciar.

Cabe à educação escolar possibilitar à criança uma participação cada vez maior, em comunidades cada vez mais amplas, oferecendo-lhe sistematicamente oportunidades de convivência social, através das quais ela estará vivenciando as regras próprias desse convívio. O enriquecimento das vivências afetivas e cognitivas, o “conviver com outros”, é ponto fundamental no trabalho com Integração Social. (ANTUNES [et al], p. 9)

Assim, diante de datas comemorativas, de assuntos relacionados a família, ao município, ao hino nacional, a bandeira ou qualquer que seja abordagem que a escola venha propor; não cabe a nós professores limitar qualquer assunto, mas torná-lo uma fonte de pesquisa de acordo com o interesse e o prazer que move aquela aprendizagem.
Hoje no meu TCC venho trazer esta reflexão acerca de projetos nas escolas, de que não podem ser confundidos como iguais, mas que só aqueles que se fundamentam numa verdadeira metodologia de pesquisa é que produzem resultados mais significativos.

Referência:
ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloisa Fesch; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Estudos Sociais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, ACCESS, 1999.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Argumentos e evidências...

Lá no Eixo 3 já estávamos dando início ao nosso TCC e nem imaginávamos que a atividade proposta pelo Seminário Integrador que envolvia o filme “Doze Homens e uma Sentença” fosse ser tão importante ao longo de todo o curso.
Nesta atividade o objetivo é que não respondêssemos mais “sim e não”, mas que fizéssemos o exercício de argumentar e mostrar evidências naquilo que tentamos falar.
Foi possível também aprender a respeitar muito as opiniões e argumentações a que somos submetidos todos os dias.
Hoje, na elaboração do meu TCC, por vezes parece que esqueço que os leitores não poderão ler o que está por trás de uma expressão como “minha prática foi excelente”.
É preciso argumentar, provar, evidenciar e trazer claras as informações que pretendo transmitir.
E se assim não for, de nada adiantaria escrever, escrever e escrever... e nada dizer.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eixo 2...

Esta semana retornei ao Eixo 2, e como já havia citado neste espaço, na interdisciplina de “Escolarização, espaço e tempo na perspectiva histórica”, encontrei algumas informações que pareciam interessntes para o meu TCC, e agora confirmo que servirão de base para a construção de uma linha do tempo sobre a trajetória da educação.
Para isto, contarei principalmente com a atividade “Cronologia da educação no Brasil” e em breve estarei trazendo aqui a linha do tempo que irei produzir.
Sei da importância de tantas outras interdisciplinas, assim como das atividades propostas e realizadas por todos nós. Entretanto, neste período em que mais uma vez o tempo parece correr depressa, o que mais me atrai são as atividades que fazem relação com o meu TCC.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Eixo 1...

Visitando as interdisciplinas e as atividades propostas no Eixo 1, pude recordar um pouco de como foi nosso início de caminhada no curso, onde o medo do novo se confundia com o otimismo de grandes descobertas diante de uma oportunidade única do curso que estava sendo oferecido.
Quero relembrar de um modo especial neste espaço a interdisciplina “Escola, Cultura e Sociedade”, esta que bem me recordo, trazia textos complexos apresentados a estudantes que se intimidavam a tantos pensamentos confusos de pensadores sábios e também confusos. Fizemos um trabalho que deveria ser individual num grupo de seis alunas e ainda assim a compreensão do texto não alcançou os objetivos.
Lá, no ano de 2006, Paulo Freire já se fazia presente nas propostas desta interdisciplina, e as reflexões que ele permitia que fossem feitas se relacionavam à busca de sermos melhores educadores a cada dia, diante de uma escola que se mostrava desigual.
Hoje, 4 anos depois, ainda refletimos Paulo Freire e a realidade é ainda de uma educação desigual. A diferença que percebo é que como educadores, mesmo que os desafios e a reavaliação de nosso trabalho docente tenham que ser uma atividade frequente, sei que já somos melhores...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Resenhas!?!?!?!?

Acabo de realizar minha primeira resenha, e digo primeira porque nunca havia feito uma antes, talvez pela desculpa da falta de tempo, da acomodação em procurá-las prontas na rede de Internet sem ao menos ter lido os livros.
Desta vez foi diferente, realizei uma leitura atenciosa aos detalhes, principalmente em tudo que se relacionava aos conceitos destacados no meu TCC, fiz anotações e destaquei colocações importantes.
O interessante é que ao realizar a resenha crítica do livro “Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho” de Fernando Hernández, percebi que o hábito de leitura é algo primordial para interpretar as coisas, os fatos, as pessoas...
Relembrei somente agora que não tenho hábito de leitura, muito menos de analisar criticamente uma obra, por isso senti dificuldade de expressar as ideias do autor separadas das minhas.
Mais do que dificuldade, tive medo e ainda sinto-me insegura quanto as palavras que escrevi, se estas se relacionam ao que o autor quis dizer ou fazem parte de uma interpretação apenas minha.
Continuamos escrevendo, comparando ideias, esperando o comentário das resenhas, lendo e relendo para tentar acertar ou ao menos aproximar pensamentos...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010


Os conceitos... as leituras...

O primeiro passo depois de uma pergunta são os conceitos, e estes agora já estão definidos: Projetos de trabalho X Projetos de Aprendizagem X Arquiteturas pedagógicas.
O segundo passo se constitui da leitura de textos, estes que precisam ser bem escolhidos, relacionados aos conceitos determinados, pois são eles que darão suporte a todo o desenvolvimento do TCC.
Tenho realizado a leitura inicial de Fernando Hernández “Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho”, e este tem possibilitado observar quais as principais características dos Projetos de Trabalho.
Realizando a leitura, pude observar que é preciso voltar um pouco no tempo e entender o que se passava na história da educação no período em que esta metodologia fora introduzida na escola, podendo assim compreender melhor sua estrutura, para depois criticar ou concordar.
Visitei os Eixos 1, 2 e 3 e me deparei com nomes de muitos autores importantes para a educação lá no Eixo 2, na interdisciplina de “Escolarização, espaço e tempo na perspectiva histórica”, que poderão me ajudar nos estudos que venho realizando, mas ainda é preciso explorar mais este ambiente.
Durante esta semana a angústia vem dando espaço as descobertas, que por sua vez tem sido significativas.
Descobri também que preciso exercitar mais meu hábito de leitura, pois sinto dificuldades em assimilar o que os autores querem falar e por isso preciso ler e reler... mas percebo também que é parte do processo e que as coisas não vem prontas, e se viessem não teriam o mesmo gosto que a longa caminhada no Pead vem propiciando...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A angústia...

Durante esta semana, as procuras por livros, autores, artigos são incansáveis ou “cansáveis”. De uma maneira geral observei as interdisciplinas já exploradas durante todo o percurso do Pead, mas sites indicados, e cheguei a conclusão neste momento de que primeiro preciso aprender a procurar na Internet.
Encontrei autores já estudados nos eixos passados, e destaco aqui Fernando Hernandez, que me parece útil ao conceito de “projeto” que deverá ser explorado.
Os conceitos são claros, mas existe muito material para ser lido, depois avaliado se é útil para o meu TCC ou não. E então mais uma vez é preciso reorganizar meu tempo, e me dedicar mais a procura de textos e a leitura dos mesmos...
A angústia toma conta, e o livro que já deveria ter sido lido ainda não foi escolhido.
Preciso trabalhar mais, avançar mais, produzir mais, ou melhor, começar a produzir...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Rumo ao TCC...

É chegada a hora de rever os caminhos já percorridos, e observar principalmente as conquistas alcançadas.
Antes de iniciar o trabalho de conclusão do curso, é necessário parar e refletir sobre o conceito de conclusão. O dicionário traz definições para a palavra como: acabar, terminar, convencer-se.
Aqui fico com o sinônimo “convencer-se”, porque quero usar esse espaço de tempo para terminar de me convencer de que toda a trajetória percorrida no Pead rendeu muitos resultados, entre eles estaco aqui o crescimento profissional.
Quero convencer e convencer-me de que a prática que adotei no meu estágio é resultado do desenvolvimento profissional que o curso ofereceu e que não pode ser confundida com nenhuma outra metodologia de trabalho. Formulei uma pergunta que servirá de base para todo o processo: “Por que a metodologia de Projetos de Aprendizagem se diferencia dos modelos de projetos já explorados nas escolas?”
Bom, o curso também me ofereceu muito desenvolvimento pessoal, pois esta convicção que tenho de que a prática que realizei é única, é expressão pura do meu crescimento e satisfação de ter aprendido tanto até aqui...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Fim de estágio...

Meu estágio fechou com “chave de ouro”!!!
Foi proposto pela diretora da escola que ao término do estágio realizássemos uma mostra de trabalhos realizados pelos alunos, e assim fizemos.
Participaram todos os alunos, pais, professores, funcionários... e todos estavam impressionados pelo que compartilhavam.
Os alunos estavam ansiosos em mostrar o que descobriram, principalmente porque alguns detalhes só eles sabiam, pois o trabalho de pesquisa foi um processo de descobertas significativas para cada um.
Todos na turma sabiam que um aluno pesquisava sobre mágicas e muitas descobertas eram socializadas entre eles, porém alguns truques só ele sabia. Impressionou a mim e a todos que assistiram suas mágicas...
Os que sabiam sobre futebol sabiam explicar detalhes importantes para quem gosta de futebol. Outros sabiam tudo de motores de caminhão, um aluno informava a descendência das pessoas, uma aluna indicava chá de pitanga para emagrecer, outra dava dicas de saúde, outra ainda falava do surgimento dos brinquedos. Outro aluno sabia tudo de pizza...
O PA obedeceu um processo individual, respeitou o ritmo de cada um, oportunizando descobertas diferentes para cada aluno. Foi um espaço de crescimento individual por partir do interesse de cada um, e seguir de acordo com o que a pesquisa pedia e os alunos gostariam de conhecer.
Mas também foi processo coletivo, pois tinham espaços para a socialização de ideias e descobertas, criaram blogs e um wiki em papel pardo, participaram de chat no quadro e para completar, dividiram com toda a comunidade escolar suas aprendizagens, com gosto de entusiasmo e orgulho de mostrar que sabiam, que tudo o que foi criado era conquista deles.
A mostra de trabalhos não foi o término de um PA, mas uma mostra da experiência vivenciada em cada dia, como meio de mostrar que a educação não possui regras para uma criança aprender, mas que se faz em cada aula que valoriza o educando em seu interesse, ritmo e necessidade.

terça-feira, 15 de junho de 2010




Mapa conceitual

Quando me propus a desenvolver um PA, não via um desafio só para m
im, mas para os alunos também, pois no início tinham dificuldade para perguntar, não possuíam acesso a Internet. Mesmo assim a prática foi realizada e os resultados são evidentes.
Durante todo o desenvolvimento do PA, alguns passos são imprescindíveis de serem seguidos, como a elaboração da pergunta central, certezas e dúvidas temporárias, síntese das descobertas. Mas neste processo não
dispenso a construção de mapas conceituais “para dar visibilidade à rede de significações construída e como ela se modifica, amplia e aprofunda”. (COSTA, Iris Elisabeth Tempel; MAGDALENA, Beatriz Corso)
Quando construíram o segundo mapa, senti orgulho de tudo que puderam expressar. Nestes esboços está a expressão de que o assunto de seu interesse foi pesquisado e teve grandes descobertas, todas estas registradas
neste espaço.
No mapa conceitual também foi possível visualizar o que ainda pode ser pesquisado, desafiando ainda mais os alunos neste processo de pesquisa.

Referência:
COSTA, Iris Elisabeth Tempel; MAGDALENA, Beatriz Corso. Revisitando os Projetos de Aprendizagem, em tempos de web 2.0.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Professor X Projeto de Aprendizagem

O trabalho com PA é um desafio constante, pois não é tarefa pronta, mas um processo de construção e reconstrução do pensamento.
Também não é uma tarefa simples, pois requer estudo, interesse, curiosidade, pesquisa...
Durante todo o processo que está sendo desenvolvido no meu estágio, pude perceber que a dúvida é algo primordial, pois é a partir dela que se abrem os caminhos para a busca de descobertas.
Sabia da importância das certezas, da construção do mapa, da pesquisa, mas quando os alunos deram início a construção da síntese é que percebi que o papel do professor no questionamento, era algo indispensável.
Alguns alunos ao descobrir algumas informações estavam concluindo sua pesquisa, e então questionei, provoquei novas dúvidas e estas é que deram “gás” ao PA, desafiando-os ainda mais na busca incessante de conhecimento.

segunda-feira, 31 de maio de 2010


Teoria e prática

O trabalho que venho desenvolvendo no meu estágio tem me mostrado o quanto sou capaz de fazer diferente, mas acima de tudo visualizar uma prática escolar tão comentada e escrita durante todo o período em que estou engajada no Pead.
Sabemos que falar de sonhos é fácil, idealizar uma educação investigativa e desafiadora é algo muito encontrado em textos de estudantes de pedagogia, entretanto transformar estas ideologias em prática é algo que desafia nosso pensar, nossa acomodação, nossa falta de tempo.
Sonhar é planejar, é organizar o tempo, é refletir e avaliar constantemente a prática que vem sendo realizada, e por fim perceber que o que fazemos valeu a pena, mesmo que nem tudo tenha dado certo.
Hoje meus alunos estão construindo a síntese de sua pesquisa e os resultados são interessantes e importantes para a minha caminhada, pois mesmo que existam desafios a serem vencidos, nelas está a expressão de uma prática que vem dando certo.

domingo, 23 de maio de 2010


Projetos de Aprendizagem

A prática com PAs vem acontecendo em minha sala de aula, e mesmo que por muitas vezes eu me sinta angustiada, confesso que os resultados vem sendo surpreendentes.
As perguntas que surgiram foram variadas como:
- Quem fez o primeiro gol de futebol do mundo?
- Por que os sobrenomes das pessoas são diferentes?
- Quem inventou as brincadeiras?
- Por que existem doenças?

Cada um vem buscando respostas para suas inquietações. E mesmo que nossa escola possua uma biblioteca um tanto “pobre”, todos estão envolvidos na busca. Alguns fazem perguntas em casa, outros para os colegas, outros ainda procuram livros e também tentam adivinhar, mas já estão organizando os dados coletados.
Neste momento até já produziram um mapa conceitual, mesmo que eu acreditasse que seria uma tarefa muito difícil, e este é surpreendente:




Esta é uma construção individual, contando com muito pouco da minha ajuda. É uma espécie de prova de que a educação pode e deve ser diferente. Sabemos que muitas vezes encontramos em nossa acomodação a dificuldade de seguir diferentes desafios, mas jamais poderemos pensar que não somo capazes.
A prática de PAs é um desafio que muitas vezes nos coloca diante de nossas limitações e nos deixa angustiados, porém a cada parte do processo observado, passamos a acreditar cegamente no pensamento do mestre Paulo Freire: “Mudar é difícil mas é possível”.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O desafio...

Sentindo-me motivada ao novo enfrentei com confiança o trabalho com projetos de aprendizagem. No início propus atividades que limitaram as crianças a perguntas simples, no entanto me senti culpada e tentei fazer diferente.
A música Oito Anos de Adriana Calcanhoto foi uma oportunidade de propiciar em sala de aula um espaço destinado aos interesses dos alunos, onde se sentissem motivados a fazer perguntas, pois o objetivo era esse.
O desafio começou a ser enfrentando, e o primeiro passo foi a seleção de perguntas, até que cada um elencou uma pergunta a ser pesquisada.
Algumas delas já foram respondidas nas certezas, porém não fizeram com que o trabalho se tornasse desinteressante, surgindo novas dúvidas, novos rumos a serem seguidos.
Confesso que quanto ao ritmo de cada um, tentei me superar, porque parece que todos deveriam estar no mesmo ponto de desenvolvimento, mas Paulo Freire diz que “O desrespeito à leitura de mundo do educando revela o gosto elitista, portanto antidemocrático, do educador que, desta forma, não escutando o educando, com ele não fala”.
Assim tentei respeitar a maneira como estavam desenvolvendo a atividade, procurando deixar que cada um avance conforme sua individualidade.
E o desafio vem acontecendo no ritmo certo, alguns estão na pergunta central, outros nas certezas, mas cada um trabalhando conforme suas habilidades e competências.

sábado, 24 de abril de 2010


É preciso definir um rumo...

Duas semanas se passaram do meu período de estágio, e agora é que estou decidindo o rumo que preciso seguir...
Durante esta semana o medo e a insegurança tomaram conta de mim, e me atrapalhei até nas postagens de minhas aulas, mas nada que não consiga ser recuperado numa tarde de Sábado.
Agora está decidido, é preciso reorganização e metas a serem seguidas, é necessário traçar objetivos, independente se irei alcançá-los ou não, mas que irão guiar meu trabalho.
Não consegui uma maneira para valorizar mais os alunos, senão a proposta de motivá-los na elaboração de um Projeto de Aprendizagem
Primeiro pensei em indicá-los um caminho, mas acredito nas palavras de Jean Piaget, quando afirma que "o principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram."
Então é necessário respeitar as individualidades e o ritmo de cada um, e acima de tudo não impor assuntos, mas valorizar a criatividade e o interesse dos alunos em sala de aula.
Sabemos que quando nos interessamos por algo somos capazes de fazer o que não queremos para chegar lá...
Então quero PA, e percebo que meus alunos também gostaram da idéia de pesquisar, por isso estou disposta a experimentar o novo e não continuar repetindo o que já fiz um dia...

sábado, 17 de abril de 2010

1ª semana...

Sempre que iniciamos qualquer atividade determinamos metas, definimos rumos a seguir. Porém, esquecemos às vezes, que principalmente no que se refere à educação, o caminho a ser seguido pode mudar.
A prática às vezes pode se apresentar diferente da teoria, pode se aproximar e até se igualar a ela, pois não estática, não segue um modelo pronto. A prática é inacabada...
A experiência vivida e contada pode ser teoria, e pode ter sua explicação em autores variados, e a prática vivida no momento exato é desafio, é avaliação e observação.
Nesta primeira semana de estágio assumi a postura de educadora e nas atividades que propus observei que meus planos precisam ser redefinidos, pois a experiência me mostrou que a teoria é fácil de ser compreendida, mas difícil de ser entendida na prática.
Aprendi esta semana que a conversa paralela em sala de aula atrapalha o desenvolvimento das atividades, mas não cessa, e por isso precisa-se organizar atividades que se adaptem ao meio em que serão aplicadas.
Aprendi que as dificuldades de aprendizagem existem e que o professor precisa se sentir responsável pela construção do conhecimento de seus alunos.
Aprendi que sabem mais de tecnologias do que eu, e que possuem informações variadas sobre computadores e suas possibilidades de uso.
Ainda nesta semana, aprendi que nem tudo interessa os alunos, mas a maneira como os assuntos são explorados é que pode tornar a atividade interessante, mas que um assunto que interessa faz até o aluno mais “quieto” se manifestar...

domingo, 11 de abril de 2010

Planejar...

Em nossa vida vivemos momentos diferentes, experiências únicas, ou mesmo que se repitam, nunca acontecem da mesma forma. Alguns fatos acontecem por acaso ou por razão do destino, como muitos acreditam; outros são planejados, e estes precisam englobar objetivos, caminhos a percorrer, recursos a serem utilizados.
Para o início do meu estágio escolhi planejar e deixar o acaso para situações inesperadas que irão surgir ao longo destes próximos dois meses.
A escola da qual já estou fazendo parte é acolhedora e flexível, permitindo e acreditando na proposta que lhes apresentei para este desafio que é o estágio.
Planejei uma “trilha manual”, baseada na concepção de uma arquitetura de aprendizagem incidente, onde serão propostos desafios diferentes, englobando uma base tecnológica, a conteúdos escolares.
Mesmo sem o uso de computadores, os alunos terão diário de bordo, blog colaborativo e outras atividades que irei destacando neste espaço, registrando a minha trajetória de professora.
Os primeiros passos já foram dados, agora é hora de por em prática...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Observar

Segundo Marilyn vos Savant "Para adquirir conhecimento, é preciso estudar; mas para adquirir sabedoria, é preciso observar”, e foi pensando desta forma que iniciei meus primeiros passos do estágio.
Quando nos propomos a realizar uma atividade diferente e desafiante como o estágio, podendo e devendo colocar em prática todos os conhecimentos que foram sendo construídos em toda a caminhada do Pead, é necessário muito mais que vontade e curiosidade, mas acima de tudo sentirmos provocados a tal ação.
Inicialmente é necessário conhecer o ambiente pelo qual iremos percorrer este caminho, pensando sempre no imprevisto, nas surpresas que este caminho pode oferecer. Por isso esta semana tive como objetivo analisar, conhecer um pouco deste ambiente.
Inicialmente tive um primeiro contato com a escola, em seguida com a professora titular e logo com os alunos, que estarão dividindo comigo por um período de tempo, suas individualidades, incluindo desenvolvimento e limitações.
O primeiro passo dado foi muito interessante, pois por meio dele iniciei meu planejamento, num processo de definição de objetivos para mim e para estas crianças que tem muito a me ensinar.
Meu objetivo principal é desenvolver em mim a capacidade de superação, ou seja, superar todo o medo que ainda permeia este caminho, assim como qualquer insegurança que esteja surgindo, porque meu planejamento não deve ser algo acabado, mas permitir a mim mesmo que para qualquer desafio sempre há tempo de recomeçar...

segunda-feira, 29 de março de 2010


Quem se rende à tentação do ninho, jamais aprende a voar; quem não se aventura pelos mares, verá o casco de seu barco apodrecer em pleno cais, quem não ousar na vida profissional, ficará superado porque não foi capaz de dialogar com as mudanças que o tempo ofereceu...
Hamilton Werneck

A tarefa de educar é grandiosa e os momentos de aprendizado precisam valer a pena. Aquele que reconhece os seus próprios limites, suas fraquezas, dá-se conta de que não pode parar, que precisa melhorar, ir adiante.
E é vencendo desafios e reconhecendo meus próprios limites, que venho percorrendo a caminhada do Pead, por vezes cansada, mas com um ideal de nunca desistir. Ao longo deste curso muito mudou em minha vida, e muitos de meus objetivos já deram espaço a novas metas, novas idéias, porém a vontade de continuar sempre prevalece, afinal o tempo pode oferecer mudanças, mas não pode fazer com que desistamos de nossos sonhos.
Agora o desafio de um novo semestre se resume em uma palavra: “estágio”,; e se estende por caminhos infinitos de possibilidades, de mudanças e de novas conquistas...
Falar de expectativas seria escrever demais, descrever minha caminhada ainda não consigo, mas tenho certeza que tenho muito para aprender e ensinar neste novo caminho que me proponho a percorrer.