sexta-feira, 7 de dezembro de 2007



Teatro e literatura infantil

A literatura infantil, ou melhor dizendo, os contos de fada há muito tempo fazem parte de nossa vida.
Acompanham-nos desde nosso nascimento até a fase adulta.
Algumas vezes a ouvimos e conhecemos, depois contamos e permitimos que o ouvinte viaje por um mundo de imaginação.
Nas escolas, a literatura infantil faz parte de muitas atividades escolares, principalmente no que se refere às dramatizações.
Como aluna já fiz teatro a partir de histórias infantis, e como professora já orientei e presenciei a mesma forma de apresentação de contos de fada.
Mas, vale lembrar que para todas as formas de teatro, a espontaneidade faz (ou deve fazer) parte do autor que faz a cena acontecer. Numa cena teatral tudo é possível de ser criado, e é de extrema importância que o grupo esteja interagindo, pois a cena não se faz só de planejamento, muito menos de imagens de como vai começar e terminar, mas é um conjunto de planejar, de criar, de improvisar até se chegar aos finais e aos objetivos pré-planejados.

Então, levar para a sala de aula o teatro desta maneira, e através dos contos de fada deixar que os alunos viajem por um mundo de imaginação e fantasia, é permitir também um direito de infância, que só acontece desta forma quando somos crianças.
Nosso primeiro contato com a literatura infantil acontece quando somos crianças, e o que sentimos nesta fase são puras descobertas que carregamos por toda a vida.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007







Projeto em artes visuais


Projeto é um instrumento que nós professores temos para organizarmos melhor a maneira que queremos conduzir nosso trabalho docente.
Em todas as interdisciplinas ele se faz necessário, e acredito que muitos professores hoje já trabalham por meio de um projeto.
O que quero questionar aqui é a possibilidade de diversificar tais planejamentos, pois estamos acostumados a formular projetos amplos para ciências, história, português, valores... e esquecemos que projetos de música, de artes visuais poderiam também existir para intermediar o trabalho realizado.
Artes visuais é uma interdisciplina que vem tomando seu espaço cada vez maior na sala de aula, desde universidades como estudo, até as escolas públicas como ensino obrigatório.
“Na proposta geral dos Parâmetros Curriculares Nacionais, Arte tem uma função tão
importante quanto a dos outros conhecimentos no processo de ensino e aprendizagem. A área de Arte está relacionada com as demais áreas e tem suas especificidades.”
Então, trabalhar um projeto em sala de aula é algo de extrema importância, ainda mais quando podemos projetar artes visuais com objetivos ricos e aulas atrativas e produtivas.
O projeto em artes visuais é uma nova maneira de incluir esta disciplina no currículo escolar, deixando-a tomar um espaço amplo, com um estudo produtivo de artistas, obras, história e cultura.
Aliás, arte é pura cultura.

Musicalidade

"A música é uma língua e pode ser aprendida como as crianças aprendem qualquer língua: ouvindo e imitando." (Shinishi Suzuki)
A música existe para ser ouvida e interpretada, não somente em letra, mas principalmente com o conjunto que a constitui.
Todos nós vivemos rodeados de música, nossa vida é constituída de musicalidade.
Escutamos pássaros cantando, cachorros uivando, gatos miando, pessoas tocando e cantando, rádios e televisão rodando variadas canções, de diversos ritmos.
Na sala de aula não é diferente, a música também se faz presente, porém muitas vezes discutida e observada só na letra.
Mas agora já é diferente, pois introduzi em sala de aula, em parceria com a minha mãe um estudo desta musicalidade.
Apresentamos "Chiquinha Gonzaga" e sua música "Ó Abre Alas", e vivemos esta canção.
Conhecemos seu ritmo e melodia, e pela primeira vez em sala de aula, vivemos uma experiência inovadora de musicalidade, onde fora explorada em toda a sua essência de som e ritmo, com o objetivo de "afinar" ouvidos para músicas boas, ricas em letra, ritmo e melodia.


Sonhar...

Falar de sonhos é permitir que sonhemos e lutemos para a realização deles.
“Sonhar bem alto é quase um passo para levantar vôo”. (Autor desconhecido)
É possível que através de um sonho, a realidade exista e se torne mais bonita.
Participando de um fórum sobre este "sonhar", venho deixar registrado aqui falas de meus colegas que resumiram a grandeza de nossas discussões:

"Sonhos, quem não os tem não é mesmo? Profissionalmente também tenho um sonho.
Sonhei um dia, sentar em um banco escolar como universitária. Sonho com uma escola onde todos se sintam felizes.
Sonhos! Quem não os tem?
Acredito que muitas vezes as pessoas se deixam abalar por estas barreiras e acabam ocultando seus sonhos.
Mas as pessoas são do tamanho dos seus sonhos!
Nós educadores só continuamos nessa profissão, porque somos sonhadores.
“Que bom que temos sonhos!”
São eles que nos levam a manter nossas esperanças sempre vivas. "

(Terezinha, Mara Núbia, Delaine, Stela, Rosimeri, Deise, Tamires, Vanícia, Márcia, Dulce)

domingo, 11 de novembro de 2007

Bienal

A 6ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre é um sucesso.
Visitar o Santander Cultural, com obras de Jorge Macchi é um privilégio de poucos.
De várias obras conhecidas e mediadas por uma menina que nos conduziu perfeitamente, destaco uma que acabo de conhecer via Internet:


Nocturno, as notas musicais da partitura são marcadas com pregos.

De acordo com toda a proposta da Bienal, nesta obra fica evidente a busca do que está além do que previamente vimos.
Que notas musicais são estas?
Estão presentes ou ausentes?
O que fazem pregos nesta obra?
Estas são apenas algumas questões que poderiam ser abordadas acerca desta obra.
Realmente é uma rara oportunidade, ser presença em meio a tantas obras e convidada para pensar significados a partir do que foi proposto pelo artista.


O que é música?

Segundo o dicionário música é “arte de combinar tonalidades e sons de maneira agradável ao ouvido”.
Nos dias de hoje este significado tem perdido sua proposta, sua real intenção.
Ouvimos e falamos (cantamos) porcarias, nem por isso deixamos de cantar ou falar, talvez porque não paramos para pensar nas palavras que estão sendo ditas.
Disse Henry Ford que “Pensar é o trabalho mais difícil que existe, provavelmente, essa é a razão pela qual tão poucos se aventuraram a fazê-lo”.
Envolvemos-nos pouco com a criticidade, e nos envolvemos muito na recepção e acomodação.
Talvez pensamos pouco, e por isso cantamos meras repetições de músicas vazias, que não têm nada a dizer e nem a nos completar ou simplesmente nos acrescentar.
Disse Alisson Ávila que
“No caso da música popular brasileira - pelo menos nos últimos longos dez anos! -, essa porcaria emana sobretudo de inesgotáveis ale auês que celebram desde frondosas dores-de-cotovelo até ela, preferência nacional, a bunda”.
Se música é algo agradável aos ouvidos, como podemos considerar a “bunda” e “as dores de cotovelo” músicas?
Música tem sido um comércio, uma oportunidade de pessoas que têm deixado tons e melodias com letras vazias, que não dizem nada.
A música nunca perdeu seu significado, foram as pessoas que criaram uma banalização acerca de uma oportunidade de tornar as palavras mais bonitas.
Que pena, pois quem perde somos nós ouvintes...

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Boneca: fiel companheira

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A criança e a poesia

Eu adoro uma poesia, ainda mais quando podem ser trabalhadas em sala de aula, de modo que o ambiente fique mais bonito, que os olhos de quem lê brilhe um pouco mais.
A poesia deveria ser realidade em muitas escolas, pois ela tem em seu contexto muita realidade, mas muita fantasia também. Traz sonhos e realizações, traz a imaginação.
A poesia que lhes apresento é de Mário Quintana, um dos meus poetas preferidos. Ele me parece escrever poesias com a alma, pensando em cada leitor que faria leitura delas.
Esta, por exemplo, traz realidades infantis, fala em brinquedos e poderia ser uma poesia muito interessante de ser “aplicada” em sala de aula.
Misturar poesia e brinquedo é atingir em cheio as crianças que estão em nossa volta. É falar de seus interesses, é fazer parte do mundo delas.



Mentiras



Lili vive no mundo do faz de conta...
Faz de conta que isto é um avião.
Zzzzzuuu...
Depois aterrizou em um piquê e virou um trem.
Tuc tuc tuc tuc...
Entrou pelo túnel, chispando.
Mas debaixo da mesa havia bandidos.
Pum! Pum! Pum!
O trem descarrilou.
E o mocinho?
Onde é que está o mocinho?
Meu Deus! onde é que está o mocinho?!
No auge da confusão, levaram Lili para cama, à força.
E o trem ficou tristemente derribado no chão,
Fazendo de conta que era mesmo uma lata de sardinha.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

ARTES VISUAIS

Ao longo do tempo vamos observando muita coisa ao nosso redor, algumas que consideramos bonitas outras nem tanto.
Aos nossos olhos ficam expostos diferentes objetos como louças pintadas, pisos decorados, vasos, quadros diversos, rótulos de produtos, capas de revista, esculturas; e, no entanto não deixamos que estas imagens nos envolvam.











As imagens e os objetos existem e cada um em sua essência, agrada uns e desagrada outros, porém não deixam de ser arte que um dia foi pensada para existir.
Nas escolas a presença de “obras de arte” também existe e cada vez mais incrementadas, mas atraentes.
Obras de arte hoje já podem ser construídas (e muitas são) em computadores, entretanto não dispensam o pensamento e mão-de-obra do ser humano.
Aliás, "Nada é maior que o pensamento humano" (Thomas A. Edson).


E sendo a arte um dom de muitos eu não poderia ser alguém sem obras para mostrar, então deixo aqui registrado um quadro baseado na obra de Diego Velásquez e passou a ser considerado por mim mais do que um desenho feito num programa de computador, mas uma “obra de arte” de minha autoria.

terça-feira, 16 de outubro de 2007


Argumentação e Evidência


Quando somos motivados a falar ou escrever sobre algo, nos sentimos muitas vezes angustiados até que cumpramos o que nos foi proposto.
Mas assistindo ao filme “Doze Homens e uma sentença”, foi possível estabelecer uma relação entre evidência e argumentação.
Foi possível também aprender a respeitar muito as opiniões e argumentações a que somos submetidos todos os dias.
Foi possível aprender a “investigar” nossas evidências, para mostrar e tornar evidente só o que realmente é verdadeiro.
Deixo aqui reflexões feitas pela minha mãe, que considero o resumo para o entendimento que tive do filme.


Para além da data, as palavras.

Para além do gesto, a atitude.

Para além do poema, a poesia.

Sendo assim, me atrevo a terminá-la com um último verso:

Para além da evidência, a argumentação.


"O segredo do sucesso é saber algo que ninguém mais sabe."

(Aristóteles)





Aqui ficarão registrados muitos dos meus sucessos!