domingo, 8 de novembro de 2009

Projetos de Aprendizagem

Sabemos que projetos possuem uma estrutura, metas, dúvidas; mas sabemos também que nem todo desenvolvimento resulta em aprendizagens significativas, pois muitas vezes não são vistos como possibilidade real de construção de conhecimento.
Um projeto bem estruturado, que possui estratégias e flexibilidade, conseqüentemente é um projeto de aprendizagem, porque dá possibilidades de descobertas, instiga nossas próprias certezas. Segundo Iris Elisabeth Tempel Costa e Beatriz Corso Magdalena, um PA deve ser entendido “como um processo complexo de idas e vindas entre o que eu penso que sei”.
Parte de uma questão inicial que dá base para todo o desenvolvimento, o ponto de partida que instiga e desafia. Envolve conhecimentos prévios, que são certezas provisórias a serem confirmadas ou reformuladas, e ainda possui dúvidas que permitem traçar caminhos para descobri-las.
Possui planos de ação que estabelece metas, organização de tempo, e mapas conceituais que permitem a visualização do projeto como um todo, em suas descobertas e nos caminhos ainda a serem percorridos. Segundo Iris Elisabeth Tempel Costa e Beatriz Corso Magdalena o mapa conceitual é importante “para dar visibilidade à rede de significações construída e como ela se modifica, amplia e aprofunda”.
Um projeto de aprendizagem é assim considerado quando desafia na busca e cria possibilidades de novas descobertas, onde o interesse e a curiosidade confrontam nossas próprias convicções.
O que é Linguagem?

Quando resolvi falar em linguagem fiquei pensando no quanto pode ser amplo falar de nossa língua materna, das nossas inúmeras leituras do código escrito e da vida.
Ler o código escrito exige estudo, troca de informação e uma espécie de memorização, já que as letras não mudam, apenas se estruturam de forma diferente nas diversas maneiras que pode ser empregada.
Agora ler a vida é mais difícil, exige mais que propriamente estudo de conceitos, mas a experiência sentida seja ela boa ou ruim; exige também a troca de informação por vezes composta de confrontos; e exige ainda uma leitura de letras.
Nos dias de hoje a leitura é uma experiência, pois lemos livros, jornais, placas, rótulos, mensagens, recados, cartazes e a vida, pois o código escrito faz parte da vivencia de alfabetizados e analfabetos.
Analfabeto também lê o mundo, codifica o código escrito porque é um sujeito letrado.
“Podemos definir hoje letramento como um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos”. (cf. Scribner e Cole, 1981).
Por isso falar de linguagem é amplo demais, pois leitura de palavras e de mundo tem uma relação muito precisa, pois podemos ler palavras sem entendê-las, como a leitura de rótulos e placas; mas se não lemos podemos não encontrar sentido no mundo.
Complicado...

Referência:
KLEIMAN, 2006. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Libras

Cada indivíduo possui suas individualidades, e elas diferenciam umas pessoas das outras por meio das características físicas e das particularidades culturais que apresentam no seu dia-a-dia. Dentro destas diferenças encontramos os surdos, caracterizados pela interação com o mundo por meio de expressões corporais e faciais, destacando a Língua Brasileira de Sinais como o seu próprio idioma.
Interagir com pessoas surdas exige em primeiro lugar uma aceitação do diferente, diante de uma sociedade que classifica seres “normais”, e ainda uma valorização de uma identidade própria, de uma expressão que vai além da razão, mas que opera com gestos capazes de transmitir a emoção.

terça-feira, 15 de setembro de 2009


Didática

Estamos diante de uma realidade que constantemente se transforma, e é para o novo que as escolas precisam estar preparadas.
Frente a uma criança, o desafio para um professor seria buscar a construção cognitiva e moral que gera transformação nas atitudes e decisões. O desafio é o próprio desafiar, mostrar o novo, instigar, provocar, criar possibilidades de descobertas, e enfim criar espaços que valorizem produções individuais e coletivas.
Piaget diz que “o principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram”; e é desta maneira que os educadores devem direcionar seus objetivos.
Para tanto, a didática é o meio que todo educador possui para criar este espaço de descobertas em sala de aula, traçando objetivos e meios de desenvolvimento necessário para alcançá-los. Uma boa avaliação também é necessária para rever as práticas pedagógicas que vem sendo desenvolvidas.
Educação de Jovens e Adultos

A EJA (Educação de Jovens e Adultos), segundo o que consta no parecer CEB 11/00 é “uma modalidade da educação básica nas etapas de ensino fundamental e médio, usufrui de uma especificidade própria que, como tal deveria receber um tratamento conseqüente”.
Esta modalidade de ensino possui funções específicas, como oferecer aos seus alunos a oportunidade de tornar-se iguais na participação social, econômica, política e cultural, promover a igualdade de oportunidades, proporcionar a atualização dos conhecimentos de todas as pessoas.
A especificidade própria também se encontra na forma como pode ser ministrada as aulas, procurando adaptar e respeitar a disponibilidade de jovens e adultos que em sua maioria trabalham e não dispõem de tempo integral para os estudos, ou ainda por vir ao encontro das necessidades de seus educandos, valorizando suas experiências.
Conhecendo um pouco mais da EJA, parece que mais uma vez estou diante de uma questão que no papel tem uma estrutura, possui objetivos importantes para a educação de jovens e adultos, porém a prática não vem sendo uma realidade nos dias atuais em todas as cidades.
Até então desconhecia as funções e objetivos da Educação de Jovens e Adultos e o comparava sempre com o supletivo, ou ainda pensava que estas duas modalidades se tratavam de uma mesma opção. Hoje percebo que a maior diferença entre estas duas modalidades está na sua forma de organização, onde o supletivo é uma forma mais classificatória, mecânica, sendo que a EJA procura uma adaptação dos alunos à escola, onde o estudo tenha um significado na vida destes educandos.
Nos municípios vizinhos esta realidade vem sendo concretizada, e a presença de alunos já é significativa nas escolas, todos em busca de uma qualificação para a vida pessoal e profissional, porém sabe-se que o número de analfabetos ou pessoas que abandonaram as escolas por motivos diversos ainda é muito significativo.
Como professores acreditamos no desenvolvimento de todos nos diversos momentos da vida, e sabemos que o futuro depende de uma boa educação, para tanto é necessário que as políticas publicas caminhem no sentido da educação de jovens e adultos também, como mais uma oportunidade de igualdade social aos que convivem num mesmo país.
Na maioria das vezes, alunos e professores da EJA estão na mesma faixa etária, dividindo vivências, onde os alunos já interromperam seus estudos por motivos diversos, por isso é necessário que o trabalho docente também tenha uma qualificação adequada, para que a sua proposta pedagógica esteja relacionada com a realidade dos educandos.



Referência:
BRASIL. Parecer CEB 11/2000. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Conselho Nacional de Educação/ Câmara de Educação Básica. DF. Carlos Roberto Jamil Cury. 10.05.2000.

Novo semestre...

Novas descobertas, novas alegrias!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Educação – Civilização – Barbárie

A escola é um ambiente de ensino, da qual muitos estão inseridos direta ou indiretamente, sendo professores, pais, alunos, etc. Sendo uma instituição pública ou privada, tem objetivo amplo de construção de cidadania, através de uma educação de qualidade relacionada com o social.
A sociedade desde muito tempo vem apresentando altos índices de violência, corrupção, assassinatos, acidentes de trânsito, drogas, falta de amor. A barbárie existe, mas a escola é uma instituição que deve ser responsável na construção de uma sociedade melhor, pois é nesta instituição que muitos depositam as esperanças de um futuro melhor. A construção da cidadania inicia na família e na escola tem-se a oportunidade de conhecer as melhores formas de colocá-la em prática.
Assim a educação deve ser entendida como a construção não só de sujeitos, mas de uma civilização sem barbáries. Portanto é preciso que os professores conheçam seus alunos, suas raízes, para poder entender suas ações, suas individualidades. E a escola cabe a responsabilidade de construir cidadãos críticos, participativos, comprometidos com a sociedade em que estão inseridos, que respeitem as diferentes culturas. Precisa permitir que seus alunos construam suas próprias idéias, mas que estas sejam fundamentadas em princípios de justiça e esperança.
Como trabalhar questões étnico-raciais na escola?

Quando nos propomos a planejar precisamos definir metas, traçar objetivos claros, pensar num desenvolvimento coerente com a proposta e uma avaliação que nos permita verificar se o trabalho está dando certo. Tratando-se de um planejamento escolar precisamos estar cientes de que a educação hoje precisa acompanhar todas as mudanças que estão ocorrendo ao nosso redor.
É necessário lembrar de como as escolas ainda vêm introduzindo conceitos, histórias nas salas de aula. Falar de índios e afro-descendentes não é uma tarefa simples nas escolas, isso porque estamos inseridos numa sociedade que traz em sua história raízes de preconceitos e desvalorização dessas duas culturas tão presentes na história do Brasil.
Conhecer a cultura indígena e afro-descendente é uma proposta curricular que precisa ir além de preconceitos ou uma generalização de cada etnia, mas precisa ser mostrada e discutida a ponto de provocar críticas e pesquisa acerca de sua importância em muitos de nossos costumes. É necessário mostrar não somente uma vez por ano suas tradições, mas propor momentos de reflexão em diferentes momentos, pois estas culturas são fortes influentes em nossa tradição, e são tão desconhecidas e ignoradas pelas pessoas.
Outro ponto fundamental no estudo de questões étnico-raciais é oportunizar a descoberta da existência de diferentes culturas em um mesmo momento histórico, para que assim todos possam se situar como construtores de uma mesma história, não apontando privilegiados ou desfavorecidos neste processo.

domingo, 17 de maio de 2009

Estádios do desenvolvimento

De acordo com estudos baseados em Piaget, fica clara a diferenciação entre adultos e crianças, sendo que cada criança possui suas individualidades que tem por base a idade, mas necessariamente comportamentos.
Chegar ao conhecimento é oportunidade de todos os seres humanos, e Piaget tem sua teoria baseada em experimentações que definem os meios pelos quais alcançamos conhecimento, desde quando somos ainda bebês.
Mais uma vez é notável as diferenças entre os seres humanos, uma vez que crescemos de acordo com nossa própria natureza e nos desenvolvemos nas relações que estabelecemos com o sujeito a ser conhecido.
Logo Piaget define estádios para o desenvolvimento que são: período sensório-motor, pré-operacional, das operações concretas e das operações formais.
Estas fases obedecem comportamentos, mas a idade pode variar de um sujeito para outro, afinal todos são diferentes.


Somos diferentes...

Os seres humanos se diferenciam entre si por inúmeras características que apresentam, sejam elas físicas ou psicológicas.
Alguns são calmos, outros mais agitados, uns são balconistas, outros são professores, alguns são brancos, outros afro-descententes, ou ainda, outros são portugueses e alguns são índios.
Mas parece que esta diferença perante a lei não existe, todos tem direitos e deveres iguais, apesar de sabermos que em algumas situações “reais” ainda há muitas formas de discriminação, falta de respeito e preconceitos.
Nas escolas sabemos que há uma necessidade de trazer as diferenças para atividades educativas, pois dados comprovam que existe evasão de alunos e reprovação por diferenças étnicas que apresentam, não sendo respeitadas por colegas de sala de aula e até professores.
A escola é essencial no processo de “formação” de cidadãos capazes de agir no mundo, respeitando as diferenças, para tanto se fazem necessárias práticas educativas de conhecimento e aceitação não só de raças, mas de qualquer diferença física e psicológica que não sejam iguais as que o sujeito apresenta.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Aprender

Vivemos num mundo que sofre inúmeras alterações, estamos diante de uma realidade que precisa ser conhecida, para poder ser acertada ou até mesmo reestruturada.
Diante de nós há um mundo infinito para ser descoberto, conhecido e explorado. Muitas são as formas de conhecer e desde muito cedo vamos ampliando nossos saberes.
Tudo o que pode ser explorado, ensinado por alguém ou descoberto por si próprio é ato que pode se tornar uma aprendizagem.
Na minha vida pessoal muito já me foi ensinado e muita coisa já pude descobrir através da experimentação, entretanto nem tudo se transformou em aprendizagem, pois existem assuntos que não foram assimilados por mim.
Este processo de aprender aconteceu e acontece na escola como aluna e como professora, no trabalho e nas diversas ações e relações que estabeleço no meu dia-a-dia.
A nossa cultura é uma aprendizagem, o nosso modo de viver não deixa de seguir exemplos que nos foram dados, aceitos ou não, mas que são todos processos de aprendizagem.
Inclusão escolar

Quando falamos de inclusão escolar, parece que esta é uma discussão que está sempre no início, que surgiu a poucos dias, e que muito estão envolvidos neste processo. Entretanto quando passamos a analisar algumas leis que regem nosso país, percebemos que desde a Constituição Federal de 1988 a lei já garantia o acesso de todos à escola, mesmo que ainda nos dias de hoje encontramos a maioria dos alunos com necessidades especiais, em escolas especiais e distantes do ensino regular.
Ainda neste assunto vimos muitos discutindo, mas poucos decidindo o que realmente deve ser feito para que a inclusão escolar deixe de parecer um sonho, mas que seja mais uma realidade a ser enfrentada pelas escolas públicas e privadas.
Diante de uma escola com poucos recursos físicos e didáticos para acolher alunos especiais, ainda contamos com professores sem formação específica, dificultando o processo de aprendizagem destas crianças.
Acredito na escola regular e na inclusão, porém ainda percebo que a escola especial hoje está mais bem preparada no sentido de não provocar a evasão escolar, devido a formação dos profissionais que dedicam um trabalho especial para crianças especiais, o que não acontece ainda nas escolas regulares.
Argumentar

Argumentar é uma oportunidade dos seres humanos, daqueles que falam e daqueles que escrevem. Quando demonstramos nossa opinião somos capazes de tornar nossos ouvintes ou leitores nosso aliados.
Mas nem sempre somos convencidos ou convencemos com o que argumentamos, e nossa identidade pode prevalecer em muitos momentos que precisamos concordar ou discordar.
Se formos frágeis, sem uma estrutura pessoal fundada em alguns princípios, fica fácil sermos convencidos por qualquer idéia que nos seja apresentada, mas se temos uma estrutura pessoal somos capazes de distinguir o que é bom ou não para nós, podendo mostrar razões de nossas decisões.
O argumento serve para explicar o que poderia ser respondido com um simples sim ou não, ou melhor dizendo, quando argumentamos estamos mostrando quem somos, o que defendemos e temos a oportunidade de convencer aqueles que trocam experiências conosco, assim como aprender a cada nova discussão.
Avaliar...

Quando a proposta da interdisciplina Seminário Integrador VI foi de avaliar um projeto de aprendizagem, logo veio a idéia de observação e talvez fosse mais fácil fazê-la de forma superficial.
Seria muito mais fácil ler um desenvolvimento e relatar o que nos parece importante ou não. Mas avaliar consiste no ato de se aprofundar, entender o que está além do que aparece escrito, mas observar um processo de construção de conhecimento.
Nas nossas escolas ainda é comum a concepção de exercícios com respostas certas ou erradas. Certamente trata-se de respostas exatas ou não, mas nada é assimilado sem passar por um processo sucessivo de construção do saber.
Analisar um projeto de aprendizagem inacabado poderia simplesmente representar para mim um projeto errado, sem objetivos atingidos. Porém avaliar de uma forma instigadora, curiosa, me permitiu perceber que todo o trabalho que possui um desenvolvido acabado ou não, já tem ótimos resultados, e que não terminá-lo pode não representar nada, diante da observação daquilo que já fora construído e das aprendizagens adquiridas e mostradas no decorrer de todo o projeto de aprendizagem.

sábado, 28 de março de 2009


Desafios, desafios, desafios...


Quando chega um novo semestre, é sempre momento de relembrar quantos desafios se apresentam ao longo do tempo, mas o mais importante é poder olhar para trás e observar tudo o que já foi vencido e conhecido!


Semestre novo, novas experiências...